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Inovações no diagnóstico e tratamento da osteoporose

A osteoporose é uma condição que impacta a saúde óssea, tornando os ossos mais frágeis e suscetíveis a fraturas. 

Inovações no diagnóstico e tratamento da osteoporose

Relacionada ao envelhecimento, ela também pode ser desencadeada por fatores como deficiência de cálcio e vitamina D, menopausa, certos medicamentos, tabagismo e falta de atividade física. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 200 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem com a osteoporose, sendo mais prevalente em mulheres. 

No Brasil, estima-se que 10 milhões de indivíduos tenham a doença, causando mais de 120 mil fraturas anualmente.

Diante desse panorama, é crucial estar atualizado sobre as inovações de 2023 no diagnóstico e tratamento da osteoporose, conforme divulgado pela Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) e pelo Ministério da Saúde. 

Essas novidades englobam critérios aprimorados para identificação de casos suspeitos, diretrizes atualizadas para orientar o tratamento e a inclusão de um novo medicamento no Sistema Único de Saúde (SUS).


Critérios atualizados para o diagnóstico da osteoporose

O diagnóstico da osteoporose é estabelecido por meio da densitometria óssea, um exame que avalia a densidade mineral dos ossos. 

Critérios atualizados para o diagnóstico da osteoporose


Recomendado para indivíduos com mais de 65 anos ou com fatores de risco, muitas vezes a osteoporose é descoberta apenas após uma fratura, comprometendo a qualidade de vida e aumentando o risco de morte.

Para evitar essa situação, em setembro de 2023, o Ministério da Saúde aprovou um novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Osteoporose. 

Esse protocolo define critérios de inclusão para casos suspeitos, tais como:

  • Histórico de fratura em ossos grandes ou no quadril devido a eventos de baixo impacto, como queda da própria altura ou menor;
  • Histórico de fratura vertebral por compressão, identificada por radiografia ou tomografia;
  • Histórico familiar de fratura de quadril em parentes de primeiro grau;
  • Uso prolongado de corticoides ou outros medicamentos que afetam o metabolismo ósseo;
  • Doenças associadas à osteoporose, como hipertireoidismo, doença celíaca, artrite reumatoide, entre outras.

Aqueles que se enquadram nesses critérios devem ser encaminhados para a densitometria óssea, que classificará a osteoporose em três graus: 

  1. Normal;
  2. Osteopenia (redução da densidade óssea);
  3. Osteoporose (perda acentuada da densidade óssea). 

O resultado também determinará o risco de fratura nos próximos 10 anos, classificado como baixo, moderado ou alto.


Diretrizes atualizadas para o tratamento da Osteoporose

O tratamento da osteoporose visa prevenir fraturas, aliviar a dor, melhorar a função física e a qualidade de vida. 

Diretrizes atualizadas para o tratamento da Osteoporose


Engloba abordagens não farmacológicas e farmacológicas, adaptadas conforme o grau da doença, o risco de fratura, a idade, o sexo e as condições clínicas de cada paciente.


As abordagens não farmacológicas compreendem:

  • Ingestão adequada de cálcio e vitamina D, por meio da alimentação ou suplementação;
  • Prática regular de atividade física, especialmente exercícios que fortalecem os músculos e melhoram o equilíbrio;
  • Abstinência de tabagismo, consumo excessivo de álcool e cafeína;
  • Medidas para prevenir quedas, incluindo adaptações no ambiente doméstico e utilização de dispositivos de segurança, como bengalas e andadores.

As abordagens farmacológicas incluem o uso de medicamentos que atuam no metabolismo ósseo, impedindo a perda de massa óssea ou estimulando a formação de novo tecido ósseo. 

Esses medicamentos dividem-se em duas categorias: os anti-reabsortivos, que reduzem a reabsorção óssea pelos osteoclastos (células que degradam o osso), e os anabólicos, que aumentam a formação óssea pelos osteoblastos (células que sintetizam o osso).

Os anti-reabsortivos mais comuns são os bisfosfonatos, administrados por via oral ou intravenosa, e o denosumabe, aplicado por injeção subcutânea. 

Indicados para pacientes com osteoporose ou osteopenia e alto risco de fratura, esses medicamentos podem causar efeitos colaterais como irritação esofágica, dor óssea, hipocalcemia (baixa de cálcio no sangue) e osteonecrose da mandíbula.

Os anabólicos mais recentes incluem teriparatida e abaloparatida, derivados do hormônio paratireoideano, e romosozumabe, um anticorpo monoclonal que inibe a ação da esclerostina, proteína que impede a formação óssea. 

Esses medicamentos destinam-se a pacientes com osteoporose grave ou com fraturas prévias, sendo administrados por injeção subcutânea. 

Efeitos colaterais incluem dor no local da injeção, hipercalcemia (excesso de cálcio no sangue) e risco de eventos cardiovasculares.


Novo medicamento para osteoporose no SUS

Uma das inovações em 2023 para o tratamento da osteoporose foi a incorporação do romosozumabe no SUS, aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em junho de 2023. 

Novo medicamento para osteoporose no SUS


Este é o primeiro medicamento com dupla ação sobre o metabolismo ósseo, inibindo a reabsorção e estimulando a formação óssea, aumentando a densidade e resistência dos ossos. 

Indicado para mulheres na pós-menopausa com osteoporose e alto risco de fratura, especialmente de quadril.

O romosozumabe é administrado por injeção subcutânea mensalmente, ao longo de 12 meses, seguido por tratamento com um anti-reabsortivo para manter os benefícios. 

Em estudos clínicos, demonstrou resultados superiores aos bisfosfonatos e denosumabe, reduzindo em até 73% o risco de fratura vertebral e em até 36% o risco de fratura de quadril.

Sendo o primeiro anabólico disponibilizado no SUS, que já oferecia bisfosfonatos e denosumabe, a inclusão do romosozumabe representa um avanço no tratamento da osteoporose no Brasil, ampliando as opções terapêuticas e beneficiando milhares de pacientes que enfrentam essa condição.


Inovações de 2023 na Osteoporose - Rumo a uma saúde óssea fortalecida

A osteoporose, associada ao envelhecimento, é uma condição tratável e prevenível. 

As inovações de 2023 no diagnóstico e tratamento da osteoporose trazem esperança e qualidade de vida para aqueles que convivem com a doença. 

Portanto, é crucial que as pessoas se informem sobre sintomas, fatores de risco, exames e medicamentos disponíveis, buscando orientação médica especializada para cuidar da sua saúde óssea.


Veja também:

Reumatologista em Cornélio Procópio



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